
É inegável que Tyler vem construindo um legado dentro da indústria da moda que foge da correnteza, vai na direção do novo e apela pro “estranho”. Entretanto, “estranho” é sinônimo de qualidade pois entra pela porta da frente do espaço que por séculos foi de propriedade das camadas elitizadas, indo em direção ao futuro, sem medo de errar e construindo inúmeros acertos, tanto em estética, quanto originalidade.
Apesar de Tyler em sua coleção colaborativa com a Lacoste não modificar muito o padrão da marca, ele consegue trazer tons de cor interessantes, numa referencia de uma partida de tênis oitentista, com forte influência de Yannick Noah, vencedor de Roland Garros em 83.
Precisamos ir além do que só é apresentado como uma idealização inacessível, a criação existe. Tyler vem expandindo seus horizontes e assim como Virgil Abloh mescla Off White e Louis Vuitton encabeçando suas direções, Tyler cria uma peça interessante, esbanjando estética e experimentação.

Por fim, falar sobre o acesso dessas peças ou até mesmo da coleção completa aqui em solo Brasileiro ainda é uma dúvida que pode se tornar real na medida que o streetwear nacional avança. Nesse quesito, Emicida e a LAB tem cumprido um papel excelente, assim como diferentes mentes criativas fora do ciclo da mídia maior, influenciados de certa forma por Tyler que dá mais um passo na escalada da cultura urbana.