Quem me apresentou ao Thundercat foi o Pedro, meu parceiro nesse coletivo chamado AUR, e fiquei com uma sensação de estar nos anos 80, o que não me agradou de cara. Deixei o álbum de lado e no começo do mês passado voltei a ele e pow!!! passei dias escutando e aí, não deu…me apaixonei.
São 23 faixas que passeiam pelo jazz experimental, pelo R&B, pelo soul e por um ritmo que confesso não conhecia e que foi provavelmente o que me causou estranheza na primeira vez que escutei, o chillwave. O cd é meio retrô, meio afrofuturista, se parece às vezes com trilha de desenho animado.
“Desde que eu era criança, sempre estive em silêncio, nunca tive fome de atenção. Eu sempre toquei e quando me tornei compositor, eu enlouqueci porque isso significaria falar sobre coisas que eu normalmente manteria interno, mas isso mudou quando o Lotus me disse que eu deveria começar a cantar”, disse Thundercat ao The Guardian.
Stephen Bruner de 33 anos é Thundercat, cantor, produtor e baixista americano, que antes de lançar seu último álbum – o incrível Drunk – era mais conhecido por seu trabalho com o Flying Lotus e pela contribuição no aclamado To Pimp a Butterfly de 2015 do kendrick Lamar, no qual inclusive ele levou o Grammy de melhor colaboração de Rap pela faixa These Walls.

Paralelo ao seu trabalho autoral, Thundercat também participou dos álbuns:
New Amerykah Part One (2008), New Amerykah Part Two (2010) de Erykah Badu, Cosmogramma (2010), Until The Quiet Comes (2012) e You’re Dead! (2014) do Flying Lotus,
Because the Internet (2013) do Childish Gambino,
The Epic (2015) do Kamasi Washington,
Velvet Portraits (2016) do Terrace Martin.
Thundercat vem ao Brasil.
Dias 17 e 18 de agosto ele estará em SP, no Sesc Pompeia para o Jazz na Fábrica e já estamos preparando nossas malas para assistir a esse showzaço.
Imagem: The Guardian