Os melhores álbuns de 2023 até o momento

O ano de 2023 vem se mostrando bem interessante quando o assunto é a diversidade de projetos disponibilizados na pista. Nessa lista, iremos trazer os 10 melhores projetos do ano, da gringa e do Brasil até o momento, sem ordem específica.

 

Don Toliver, Love Sick

Lançado em 20 de Fevereiro, Don Toliver veio quente em “Love Sick”. O projeto, que é o mais consistente do artista até o momento, explora da melhor forma possível os vocais do rapper, que está no topo quando o assunto são melodias e barras. O disco fala sobre amor e desgosto, convidando artistas célebres como Lil Durk, Travis Scott, Kali Uchis, James Blake, entre outros. “Love Sick” é uma verdadeira experiência sonora. 

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Martinho da vila, Negra Ópera

Que Martinho da Vila já está eternizado como um dos principais nomes da música brasileira, ainda vivo, é fato. O artista em “Negra Ópera” chega como um herói da liberdade e da resistência. Mesmo apresentando apenas três músicas autorais inéditas, vemos a regravação de sambas clássicos de Wilson Baptista, Adoniran e Zé Ketti, trazendo a potência necessária para um álbum com esse peso. “Negra Ópera” amarra a história da vida e obra do sambista, de forma singular, se engrandecendo ao mostrar o trágico e a luta cotidiana do povo preto. 

 

Metro Boomin, Spider-Man: Across the Spider-Verse

Metro Boomin é um gênio. A capacidade do artista de orquestrar os principais nomes do rap atual em um projeto é digno de aplausos. 

Homem-Aranha Através do Aranhaverso é um clássico instantâneo e muito disso se deve pela trilha sonora apresentada pelo artista, que consegue produzir um disco que se equipara ao seu mais aclamado lançamento “Heroes & Villains”.  O disco funciona sem o filme, mas o longa não funcionaria da mesma forma sem essa trilha, que apesar de ser uma das principais animações já feitas, o trabalho de Metro é consistente e agrega valor à obra. 

Kelela, Raven

Raven” é o segundo álbum de estúdio de Kelela. O projeto funciona como uma verdadeira celebração preta e queer, que movimenta a cena club. O disco apresenta conexões fortes falando sobre amor e o envolvimento na pista de dança, flertando com o House, UK Garage, entre outros gêneros da EDM. Fazer um álbum fechado e acertar de primeira é uma tarefa difícil, acertar novamente logo no segundo projeto, é algo que apenas aqueles artistas com potencial pra se consolidar conseguem. Kelela brilhou!

 

Marcelo D2 – IBORU

Em uma nova estética musical, na qual a potência do rap é levada pela primeira vez para o terreiro sagrado do samba. É com esta proposta inovadora que D2 brilha. “IBORU, que sejam ouvidas nossas súplicas” é um movimento artístico que marca o lançamento do nono álbum de estúdio do Marcelo. 

Pela primeira vez, o grave do 808 se une à cadência e a formação clássica do samba no terreiro. Neste “novo samba tradicional” de Marcelo D2, cavaquinho, coro, percussão e metais dialogam harmoniosamente com os graves eletrônicos do rap. 

O projeto conta com participações de artistas como Zeca Pagodinho, Xande de Pilares, Alcione, Mumuzinho, B. Negão, Mateus Aleluia e a banda Metá Metá, além de incorporar samples de Romildo e Monarco, em homenagens póstumas aos compositores da Mocidade Independente de Padre Miguel e Portela. O disco é um ponto de partida que, paradoxalmente, emerge da tradição e abre caminho para o novo, construído com o mesmo rigor e paixão que caracterizam a trajetória do artista. Ele acertou mais uma vez.

Mahmundi, Amor Fati

Mahmundi brilha em “Amor Fati”. O projeto gira em torno de amores não solucionados, términos problemáticos e a necessidade de recomeçar.  O trabalho faz jus ao repertório da artista, que tem sensibilidade nas composições e consegue encantar com cada verso, mesmo que alguns não sejam fáceis de expressar. “Amor Fati” é consistente e mostra o domínio da artista ao fazer música conceitual sem perder o compasso, abrindo margem para novos públicos.

 

Summer Walker, CLEAR 2: SOFT LIFE

Summer Walker é única fazendo música. Os aspectos emocionais presentes em “CLEAR 2: SOFT LIFE” estão presentes ao redor de todas as faixas. Aqui, vemos Summer Walker desafiar a fragilidade do ego, dando valor ao sensível, mas sem deixar de lado toda a exuberância e potência que o corpo preto possui. Esse foi um dos grandes acertos de 2023.

 

Duquesa – TAURUS

Amor próprio, autoapreciação e foco no progresso são os temas de “Taurus”. Duquesa, artista da Boogie Naipe, vem sendo um dos principais nomes nas redes sociais. Quando o assunto é rima, estilo e muita sensualidade, a artista tira onda em todos os quesitos.  A rapper é confiante e provou isso com o hit do projeto, “Taurus e Ú.N.I.C.A” o single duplo acompanhado de um visual sensacional. 

 

Se o foco do rap no Brasil vem sendo a exaltação masculina e o ego frágil do homem, Duquesa chega quebrando tudo, elevando a autoestima das minas, se olhando no espelho, enxergando seu potencial. Brabona. 

 

Aminé & KAYTRANADA, KAYTRAMINÉ

Uma conversa no instagram, respeito mútuo entre as partes e muita criatividade. “KAYTRAMINÉ” já existe antes mesmo de chegar às plataformas, já que Aminé e Kaytranada construíram um casamento inegável entre rima, melodia e um excelente repertório de produção musical, divertido e cheio de energia. 

O álbum é um dos projetos mais tocados nos rolés de rap, provando que o gênero é camaleônico, continua crescendo e mudando, com criatividade, cheio de possibilidades.

 

Victor Xamã – Garcia

Em entrevista para Adailton Moura do RAPresentando Victor Xamã diz:

“Uma das coisas que eu não quero sentir é quando estiver ao lado de grandes nomes, e eles me cumprimentarem nos bastidores, eu sentir que sou inferior a eles por conta do lugar de onde vim ou de precisar de uma oportunidade pra estar ali. É como eu canto em “Dias em Branco”: “eu não quero caridade, respeito não se pede, respeito se impõe”. É isso que tentei trazer nesse álbum”.

 

Garcia é gigante. Victor Xamã explora sonoridades e encaixa perfeitamente cada feat, cada presença, sem deixar de lado sua essência e o flow que consolidou o estilo do rapper. 

Caso você não tenha ouvido, esse é um dos projetos mais indicados para 2023. É quente. Cada um desses discos marcaram a multiplicidade de 2023. Agora a dúvida que fica é: será que até o final do ano eles ainda estarão no pódio? 

Voltamos em dezembro com a listagem final.

Até lá!

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