Meu primeiro contato com o Diniboy foi em 2015, quando eu ouvia falar muito de um DJ que mesclava trap, dubstep e umas sonoridades diferentes. Procurei por um set no Soundcloud e comprovei que ele era diferenciado em relação ao que a galera mais nova vinha fazendo.
Fiz um convite para ele tocar no meu evento e dali se estabeleceu uma amizade e algumas colaborações. Seis anos depois, Mateus Diniz A.K.A Diniboy se tornou um dos nomes mais promissores tanto na produção quanto na CDJ. Atualmente, é residente de um dos melhores programas do Youtube: o Brasil Grime Show.

Sobre como ele deu os primeiros passos:
Minha paixão pela música começou ainda moleque, mas o momento em que eu realmente coloquei a mão na massa foi a partir de 2014 quando comecei a estudar para tocar e produzir. Em 2015 conheci o coletivo Bruk Broken beats e a partir daí me aprofundei.

Sobre família, principais influências e referências:
Meu irmão me influenciou muito, sempre falo isso. Meus primeiros contatos com Grime inclusive foram a partir de CDs dele. Meus pais também tiveram muita influência, sempre muito presentes em eventos e shows. Nós íamos juntos e isso fez eu sentir que a música realmente fazia parte de mim e da minha construção familiar. A Nami, minha filha, desde de a barriga da mãe reage às músicas que a gente coloca e eu acho isso o máximo. Ver ela rindo ou gritando tentando acompanhar os sons, independente do que ela escolha pra vida, me deixa muito feliz. Gostaria de também deixar meu conhecimento como herança para ela.

Sobre coletivos e seu corre como DJ:
Sinto falta da Bruk Broken beats, a gente ajudava muito uns aos os outros na produção. A troca que acontecia ali semanalmente era incrível, ajudou e ajuda muito na minha formação. O Brasil Grime Show me trouxe a oportunidade de estar em novos projetos que eu não havia trabalhado antes. Pela primeira vez eu produzi para um disco que foi citado na Pitchfork meses depois, e isso é uma realização muito grande.
Sobre seu último projeto KILLAHMANJARO:
Foi difícil encontrar inspiração na pandemia. Mas eu fiz da raiva e do ócio meu combustível pra criar. O KILLAHMANJARO descreve um momento de transição na minha vida, com a chegada da Nami num momento do país que é caótico. Eu precisava estar bem por ela, mesmo que as coisas lá fora não estivessem. Ver esse EP pronto me fez ter orgulho de mim, de quem eu sou, e me fez entender que mesmo aos poucos eu consigo alcançar meus objetivos.

Sobre os próximos passos e carreira:
Estou trabalhando numa versão remix do KILLAHMANJARO com Mc’s que curto muito cantando, e em breve vai estar na pista. Eu tenho mais um EP junto de uma artista incrível que será anunciado em setembro. Ainda tem outros projetos, mas quero deixar o efeito surpresa.
Quando um artista surge na cena, a AUR, tenta ao máximo ir em sua direção e não foi diferente com o Diniboy. Você pode acompanhá-lo no canal Brasil Grime Show ou nas plataformas de streaming procurando pelo seu próprio nome.