Quando a gente ouve falar sobre consultoria de moda, uma das primeiras referências que temos são celebs e influencers com grana para investir num consultor ou personal stylist. Esse trabalho vai desde a descobertas das cores que valorizam a pele, passa pela praticidade, caimento (o famoso “veste bem” ou não), mas que preservam o estilo pessoal. É um trampo muito interessante, mas ainda inacessível para boa parte das pessoas pelo fator custo x prioridades do momento.
Estilo pessoal se descobre sozinho
Mas, você sabia que estilo pessoal é algo que a gente constrói sozinhe? Parece algo distante, mas dá uma pensada nas suas escolhas e como costuma se vestir. Tem um critério relacionado às suas preferências, aquela coisa de saber qual lookinho é infalível e funciona sempre.
Isso tem a ver com autoconhecimento e conforto, indo muito além de seguir as últimas tendências do TikTok, Insta ou da rua. É um exercício que ajuda a priorizar e reduzir consumo, investir nas peças certas e colocar seu gosto pessoal acima de tudo. Dá trabalho, e é por isso que é um serviço com custo, mas é possível treinar o olhar e aplicar de forma consciente não só para aquele jet especial, mas também pro dia a dia. Afinal, roupa é para bater e precisa justificar o investimento.

Curadoria pessoal e referências: se inspire!
O ponto de partida para essa curadoria pessoal são as referências e a gente está bem ligade em como o mercado “oficial”, como muitas aspas, da moda ainda é muito desconectado do mundo real, então publicações tradicionais tendem a ser desinteressantes. Então, para onde olhar e em quem se inspirar?
O truque mora em acompanhar pessoas que se parecem com você em corpo, tom de pele, estilo de cabelo, formato de rosto e afins. Bússolas de estilo. Cole nessas referências para testar seu olhar para diferentes cores, formatos de roupa, peças e jeitos diferentes de utilizar itens básicos. É um jeito de experimentar sem necessariamente precisar comprar, você vê alguém vê em alguém parecido e decide se encaixa no seu estilo ou não ou se é interessante testar.
Cinco nomes pra você acompanhar
Algumas pessoas fazem isso com o pé nas costas e com uma facilidade imensa. Todo mundo tem aquele amigo que manja demais de moda/imagem pessoal, mas para expandir o olhar, trouxemos aqui 5 nomes que valem muito a pena acompanhar:
Andreza Ramos
Consultora de moda ligada nos aspectos práticos e nas referências culturais que estão em cada peça e acessório. Quer arriscar mais em cores no dia a dia, fds e look para trabalho? É a indicação perfeita

Paul Binam
Stylist e diretor criativo, o Paul é francês, mas não existe necessidade alguma de entender o idioma para acompanhar o conteúdo.
As combinações vão das mais básicas com um acessório que muda tudo ou das mais inusitadas como o encontro de um mocassim, com um boné e um lenço de seda.
Todas as escolhas são bem elegantes e é uma ref bem legal para quem quer entender como se vestir em camadas de um jeito legal.
Babi Louise
Stylist, a Babi tem um estilo que mistura o clássico-elegante com contemporâneo cheio de vida.
São visuais que enchem os olhos de quem adora o monocromático e de quem ama o colorido: tem para todo mundo. O mais interessante é enxergar novas possibilidades de combinação de peças e o peso que os acessórios podem ter.
Uhuru
Criador de conteúdo e modelo, Uhuru também é dono do brechó Cabide Preto. O perfil não tem foco em moda e é bem por isso que se torna interessante. Com mistura de cores e acessórios bem interessantes por cima de uma base bem neutra e peças vintage que podem ser achadas no armário de pessoas mais velhas ou brechós. Além disso, é um incentivo entender que nada precisa ser comprado por estar na moda e sim por fazer sentido para quem usa.
Frederic Harrel
A segunda, e última, juro, francesa da lista, Freddie Harrel está num hiato de posts, mas nada impede de passear pelo perfil dela e puxar refs.
Ela vai de mix básicos até escolhas que não parecem combinar num primeiro momento. Muito cool até de calça jeans e camiseta, ela explora vários lados da moda e é uma referência interessante de como se vestir de forma interessante até no trabalho.
Se liga num ponto importante: independente de marcas e grifes, é possível montar um armário composto por peças que fazem sentido para você e não custam 2 rins. O segredo de um armário bacana não é a quantidade, mas a qualidade das peças e a recorrência de uso (quanto mais melhor) e muitas vezes, as coisas de grife, podem ser substituídas por similares e o resultado fica tão bom quanto ou melhor.
Tem mais dicas de perfis bacanas que podem inspirar a curadoria de mais pessoas?
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