A Lapa tremeu. Que o Djonga é um símbolo de força e resistência todo mundo já sabe, mas ver de perto sua estréia no Circo Voador traz esperança, motivação e libertação.
Celebrando o dia da Consciência Negra a CEIA chegou em peso para a estréia do Djonga, Tasha & Tracie em um show solo no Circo Voador.
Abrindo a noite Totonete chegou fazendo um set quente, abrindo alas para as artistas que botaram ritmo no palco e mostraram o porquê são dois dos grandes nomes do rap nacional atualmente, elas mesmo: Tasha & Tracie.
Cantando as faixas de Diretoria seu último projeto, a dupla chegou com presença em uma performance que ficará marcada na história.
Iniciando seu show com pé na porta, o rapper apresentou as canções do seu novo álbum NU, Histórias da Minha Área, com pontes em Heresia, Ladrão e O Menino que Queria ser Deus, todos os sucessos de sua discografia.
No Dia da Consciência Negra, Djonga apresenta em um palco cheio de histórias, canções que falam sobre a vivência na pele do racismo estrutural, violência e críticas sociais sobre o preconceito no Brasil.
Em HAT-TRICK, o rapper menciona como é ser visto como um espelho para a nova geração, chega a ser um verso completamente correto quando nos deparamos com ingressos esgotados e milhares de vozes gritando canções que falam sobre suas dores, medos, sonhos e a perspectiva de um futuro melhor.
Uma visão pessoal: de todos os shows que já assisti no Circo, nenhum chegará aos pés desse. Em uma das últimas músicas, Olho de Tigre, o cantor pediu para que o público se dividisse em dois lados e foi para o meio da plateia finalizar a canção, todo mundo foi ao delírio.
A sensação que fica, é que o show poderia ter mais algumas longas horas, seguido da ansiedade para curtir uma próxima apresentação.
Fotos por: Rafael Rodrigues @ilovemyanalog
Texto por: Ana Luiza Abreu & Matheus iéti