Um álbum clássico e um show potente
Dois anos após o clássico Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água, Luedji nos surpreendeu com uma versão especial do disco, no formato Deluxe, de luxo. Cerca de três meses depois, o Circo Voador abre as portas para um encontro entre a artista, sua banda e o público.
A lona mais famosa do Rio de Janeiro foi composta nas duas noites por fãs de longa data, novos admiradores da arte de Luedji e outros que tiveram a primeira experiência nesse show, sendo cada um deles transformados pela performance.
A experiência Luedji Luna
A banda em cima do palco era gigante, em tamanho e entrega, assim como o disco. A construção de um projeto complexo como BMDA foi marcado pela excelência e criatividade.

A cantora demonstra em sua obra uma qualidade vocal absurda, que já era conhecida pelos ouvintes, mas aqui, o grande ponto está no acalanto e na vibração que Luedji passou para a platéia que acompanhou de pertinho, ao vivo, no calor de um final de semana de verão.
Sem sandália, em um look incrível, clicado de forma majestosa por Guilherme Leopoldo, Luedji tem seu palco preparado para brilhar por sua banda, que não brinca em serviço e entregou tudo e muito mais do que qualquer expectativa esperada anteriormente (elas já eram altíssimas).
Theo Zagrae, nosso parceiro, produtor musical e membro da banda da Luedji Luna para o show, trouxe um pouco da sua percepção produzindo o disco, além de estar embaixo dos holofotes no último final de semana junto com o time:
“Tu me conhece, né irmão? Produzir o disco foi o maior desafio da minha vida. Ela já tinha um repertório incrível. Na prática, a gente trabalhou as texturas e pra onde cada música tinha que ir e consequentemente, levar isso pro ao vivo foi foda. Trabalhamos esse show por partes, a banda soou gigante e de fato ela é.
O disco foi feito parcelado, tivemos a pré produção, seguido do ensaio com a banda, a gravação com a banda base, os arranjos de metal , depois os arranjos de corda, os backing vocals e a voz dela, trazendo o peso que esse material precisava. No fim, o público abraçou forte a entrega, foi incrível”, disse.
Dois pontos importantes do show, além da banda, os arranjos e a performance da artista, foram as participações de N.I.N.A e Zudzilla. A rapper chegou pra somar na faixa “Metáfora” nos dois dias de show, fazendo jus a parceria com Luedji, uma das mais faladas desde o lançamento do disco, enquanto Zud cantou ao lado de sua amada as track’s “Ameixas” e “Sinais” duas das assinaturas do casal.
Se pudéssemos definir os shows dos dias 3 e 4 de Março com uma palavra, com certeza seria impecável. O encontro desse final de semana é fruto de uma carreira brilhante, marcando a solidificação de um dos principais nomes da música brasileira atual.
Até a próxima Luedji.
Fotografia por: Guilherme Leopoldo.