6 anos depois de Lemonade, Beyoncé retorna com Renaissance, um projeto composto por atos, onde o primeiro, traz consigo 16 faixas, com o objetivo de resgatar décadas do dance, exorcizando demônios e construindo uma narrativa de aceitação.
Renaissance não é um disco que se apoia em elementos do rap ou de outros gêneros semelhantes, aqui, o poder está na vibrante relação entre os sintetizadores, a dance music anglófona e bases abertas e direcionadas a ballroom. Resistência.
Renaissance é audacioso. O disco tem cerca de 1 hora de duração e não cansa. Apesar de ir na contramão do mercado, ao construir um projeto longo, a experiência dentro da indústria o legado que a artista constrói permite fugir de padrões, estabelecendo um caminho próprio, em um retorno que abre espaço em grande estilo para os próximos dois atos.
Renaissance vazou antes do projeto ir aos streamings e o diálogo de Bey com o público veio através do Twitter:
“O álbum vazou, e todos vocês realmente esperaram até o momento de lançamento apropriado, podem curtir juntos. Eu nunca vi nada parecido. Eu não posso agradecer o suficiente por seu amor e proteção. Obrigado pelo apoio inabalável. Obrigado por ser paciente. Vamos aproveitar nosso tempo e curtir a música”, explicou a artista.
O disco flerta com alta costura, resistência, liberdade e a aceitação. Uma análise completa com todos os detalhes seria um trabalho quase que impossível, já que mesmo após dias do lançamento, o projeto cresce nos ouvidos do público e da pista, trazendo uma ideia importante:
2023 é o ano do house e 2022 segue preparando o terreno.