Antes de começarmos, indicamos que você ouça o álbum Entergalatic, ele é um complemento potente do filme.
Passada a primeira onda após o lançamento, analisamos com calma o majestoso projeto de Kid Cudi. O artista nos apresentou um álbum e um filme distribuído pela Netflix que nos coloca em um olhar sensível sobre o amor preto, dentro de uma animação que nos abraça.
Kid Cudi tem mais de 15 anos de carreira. Todos os seus movimentos sempre estiveram direcionados para questões pessoais e sensibilidade, o que inclui o amor, uma das peças fundamentais da obra visual.
O mundo de Entergalatic
Entergalatic fala sobre conexões perdidas e um romance em torno de Jabari. O personagem se vê trabalhando em tempo integral em uma empresa de quadrinhos, possuindo ambições dentro da arte, com o desejo de ascender dentro da indústria.
Laura Harrier interpreta a ex-namorada de Jabari, Carmen, personagem que gera um estado de reflexão no protagonista sobre ir ou não atrás de Meadow, relação sensível que se expande na medida que o filme os acompanha dentro e fora de suas órbitas.
O disco Entergalatic tem poucas participações e muita criatividade. Os feats vão de Ty Dolla Sign, Don Toliver e 2Chainz até um resgate de Steve Aoki na faixa bônus do projeto.
O filme também é estrelado por Jaden Smith, Teyana Taylor, Cristopher Aboott, Vanessa Hudgens e Macaulay Culkin. Todos os artistas citados representam uma sincronia visual que de fato nos leva para a ideia principal: um artista múltiplo.
Até onde são apenas “números”?
Analisando este fato, o disco teve cerca de de 22,480 unidades na primeira semana. Se compararmos com o “auge” em números do artista temos um valor relativamente baixo, mas a questão é: até onde apenas números importam?
Kid Cudi deu vida a uma obra que fala sobre o acolhimento que só o amor preto possui, a ideia de motivação e criatividade, dentro de uma estética voltada para um público que não é representado de forma integral dentro da indústria cultural.
Entergalatic se apresentou em primeiro lugar na Netflix em diversos países, diferente do disco, que segundo alguns sites entrou em “flop”.
Por fim, é preciso notar que os números não representam o real valor de uma cultura. Arte é inspirar e construir novos movimentos.